Segundo João Calvino, reformador protestante do século XVI, “Deus, por Sua soberania, escolhe uns para a salvação e outros para a perdição”. Esta frase tem gerado muita discórdia na mente do povo de Deus, devido à confiabilidade que Calvino sempre assegurou como um grande reformador. Por este motivo gostaria de comentar em poucas linhas este tema polêmico a fim de esclarecer-lhes algumas dúvidas sobre o assunto.
Vejamos a passagem a seguir:
“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens...”
Tito 2:11-14
Sabemos que a Bíblia é inspirada por Deus e não mente, desse modo é muito simples o significado do versículo descrito acima. Não faria sentido o Senhor Deus simplesmente escolher alguns para salvação e outros para serem entregues à perdição nas mãos do arqui-rival do Senhor Jesus. Toda a história, desde o Gênesis foi traçada a fim de que o amor de Jesus Cristo alcançasse a maior quantidade possível de seres humanos. Se não fosse assim a passagem mais conhecida da Bíblia, João 3:16, não teria nenhum sentido. O filho de Deus foi doado para salvar todo aquele que n’Ele crer. A salvação é sim um privilégio, mas não apenas de um grupo seleto de predestinadas e sim para um grupo seleto de pessoas que se entregaram a Jesus, reconhecendo que Ele, Jesus Cristo é o salvador do mundo.
As Escrituras ensinam que Deus não faz acepção de pessoas, porque Ele não escolhe um e rejeita outro com base em circunstancias externas como raça, nacionalidade, riquezas, poder, nobreza, etc. Pedro diz que Deus não faz acepção já que Ele não faz distinção entre judeus e gentios. Sua conclusão após ser divinamente enviado a pregar ao centurião romano, Cornélio, foi, "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável" (At 10.34,35). Se Deus não faz acepção de pessoas, porque escolheria uns para salvação e outros para a perdição? Os predestinistas explicam que este é um ato da soberania de Deus e que não podemos questionar. Sim, o fato não deveria ser questionado, se não houvesse tais princípios tão claros. E sabemos que a Bíblia não pode se contradizer, muito menos Deus, que é enfático em inspirar seus escritores a escrever: “Deus não é homem para que minta...”
Deus realmente tem para cada um de nós um projeto perfeito, mas em caráter irrevogável, Deus dotou o homem do livre arbítrio para que ele, o homem, faça suas próprias escolhas. Você não serve a Deus porque você é um predestinado, mas sim porque Deus tem transformado sua vida, porque você fez esta escolha. O homem tem livre arbítrio. Ele tem poder para escolher. Ele é posto em pé, com capacidade para escolher entre o bem e o mal, a vida ou a morte, para buscar a Deus, para querer, para vir à luz, para perguntar, para buscar e bater, e para encontrar e entrar no caminho estreito que conduz à vida (Eclesiastes 7:29; Isaías 7:16; Deuteronômio 30:15; Jeremias 29:13; João 7:17; 3:21; Romanos 2:7; Mateus 7:7-8,13-14).
Alguns dizem: "Não posso evitá-lo; é assim que Deus me fez. Não posso fazer nada com isso." Mas o homem pode assumir plena responsabilidade por sua vida (2 Coríntios 5:10).
Deus nunca revogou o livre arbítrio do homem, fazendo dele um pião cósmico. Faraó pecou endurecendo seu próprio coração (Êxodo 9:34; 8:15).
Através dos três tópicos citados acima, você já percebeu que não pregamos a predestinação, sabemos que Deus tem sim um plano perfeito para cada um de nós, que ele conhece nossos pensamentos, conhece nossas escolhas, mas ainda assim Ele deixa-as a cargo de cada um de nós, sendo assim entendemos que através de nossas escolhas o roteiro de nossas vidas serão alterados. Seja sábio em suas escolhas, procure perguntar sempre a Deus quais são as melhores escolhas para que a sua vida ande no ritimo que Deus preparou para você!!!
Pastor Ado Alessandro Martins
Rua Tabelião Antonio R. Oliveira, 351 - Palmital B - Santa Luzia - MG
(31)8538-5776
(31)9344-1720